Uma pessoa pode ter o poder absoluto sobre os sonhos e pesadelos das pessoas? Um poder assim seria fruto de muita inveja e disputa.
Carlos Bourbon nunca teve um sonho ruim em toda sua vida. Ele sonha todas as noites, sempre coisas boas, e consegue se lembrar com detalhes de exatamente todos eles desde o primeiro, aos sete anos de idade. Quando ele conta isso para alguém, é visto como mentiroso. “Uma coisa assim não pode acontecer”, dizem eles. O fato é que isso é verdade.
Aos vinte e sete, Carlos teve um terrível pesadelo, o primeiro de sua vida. Este acontecimento mostra-se mais real do que nunca. O que acontece depois disso é uma longa e perigosa jornada, quase épica, repleta de referências musicais, mitológicas e literárias que vão de Kafka e Gaiman, de Beatles a Jim Morrison, passando por serial killers, monges e loucos.
Opções de Compra
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Entenda o Projeto
Em Novembro de 2010 comecei o projeto deste livro com o único objetivo de dar vida às ideias que tinha há dez anos. De modo a compartilhar esta experiência, resolvi publicar o livro em formato de blog e divulguei entre alguns conhecidos. Não sabia se um dia alguém demonstraria interesse pelo texto ou mesmo se eu chegaria a terminá-lo. Eu queria apenas colocar para fora um enredo que não saia da minha cabeça.
Para minha surpresa, conquistei aos poucos três centenas de leitores fieis, que todos os dias acessavam o blog em busca de novos capítulos. Foi neste momento que eu percebi que tinha uma boa história na mão. Como forma de agradecer aos leitores, disponibilizei enquetes semanais onde as pessoas votavam o destino dos personagens. Alguns morreram por resultado das pesquisas, outros sumiram, histórias foram contadas e outras ignoradas. Se por um lado isso era de amedrontar, já que eu perdi o controle absoluto sobre minha obra, por outro lado era um estímulo à minha capacidade de contar histórias.
Curiosidades
Números
Todos os números citados no livro possuem um significado. Eles são de duas naturezas: números primos ou relacionados ao sete (contém o algarismo sete ou é múltiplo deste). Quando é usado um número primo, a referência é meramente ilustrativa, sem um significado específico. Entretanto, se o número contém sete ou é múltiplo deste, o fato citado possui alguma implicação simbólica ou mesmo mitológica. Por exemplo, a idade de Carlos Bourbon quando tem seu primeiro pesadelo é vinte e sete anos. Por fim, alguns números não citados com exatidão, mas referenciados de forma indireta. Se por exemplo, existe algo como “andou pouco mais de dez metros”, o número em questão é onze, primo.
Referências Musicais
Existem diversas referências a artistas ou músicas no livro. Entretanto, essas citações são sutis. A proposta é que os leitores que quiserem se aprofundar no livro procurem por essas referências. No Capítulo 23, por exemplo, uma personagem corre por um campo de morangos, em uma alusão à música Strawberry Fields Forever dos Beatles. No Capítulo 31, Carlos pede um vinho a um personagem e recebe como resposta que eles não servem mais aquela bebida desde 1969. Esse é um trecho da música “Hotel California” da banda Eagles. Esses são apenas dois exemplos, mas existem dezenas deles em todo o livro. Se encontrar alguma referência, compartilhe-a conosco!
Pessoas Reais
Muitas das pessoas citadas no livro existem ou existiram um dia. Algumas delas possuem nome, ajudando assim a identificação. É o caso de Ted Bundy, um famoso serial killer norte-americano. Já outras pessoas são descritas em detalhes, mas sem o nome citado. Este é o caso, por exemplo, do jovem poeta que senta-se ao fundo do estranho ônibus azul onde Carlos embarca. Alguns leitores de forma voluntária enviaram sonhos e pesadelos que foram adaptados ao enredo do livro. Os nomes destes estão na parte de Créditos do livro.
Nada é por Acaso
Nenhum fato no livro é descrito sem um propósito previamente definido. É, por exemplo, citado o ônibus azul com a placa C17H19NO4, tendo as iniciais MMT gravadas na frente do mesmo. A cor do veículo refere-se a duas coisas: a uma famosa música da banda “The Doors” e à substância Oximorfina, semi-sintético à base de ópio popular nos anos 1960 e 1970 que causava alucinações e era oferecido em pílulas azuis. A placa do veículo é a fórmula deste composto, que era usado para aplacar as fortes dores sofridas por pacientes psiquiátricos. Já as iniciais MMT, deixo a cargo dos leitores descobrirem. Este é apenas um caso de referências, mas o livro está repleto delas. Esta obra foi escrita baseada em extensas pesquisas em diversas áreas, da mitologia à química. No entanto, não é preciso compreender essas referências para entender o livro. Isso é apenas uma demonstração do cuidado que tive ao escrever cada parágrafo desta obra.
Dados do Livro
- Escrito em: 2001
- Tipo: Romance
- Capa: Leonardo Sá
- ISBN: 978-85-912003-0-6
- Páginas: 442
- Leitores que tiveram os sonhos descritos neste livro:
Danila Silva, Hugo Andrade, Lucas Tenório e Lucas Lopes